8 de fev. de 2010

lição nº 3

Cá vai mais uma lição para a malta



Saltos :

É o sonho da maior parte dos praticantes, depois dos cavalinhos só com uma mão. Eu por mim posso gabar-me de executar na perfeição o Super-man sem mota, quer dizer eu começo o salto com a mota mas depois acabo sem ela.
Mas adiante; os saltos estão intimamente ligados ao motocross e supercross, e de facto são estas as modalidades que melhor nos preparam para os mesmos. Nos enduros de hoje não há especial que não tenha um salto e em alguns deles mais técnicos vê-se bem a diferença entre os pilotos de enduro e aqueles que praticam motocross. Só que no enduro não temos hipótese de treinar o salto ( em corrida ) e por isso o treino especifico é fundamental para nos dar experiência de como devemos lidar com os saltos. Medir a distância dos saltos é um dos indicadores de como depois na especial o poderemos encarar, ou seja se temos tomates para o dar ou não; e ás vezes no caso dos enduros nem sempre a audácia é boa companheira.
Portanto se tiverem oportunidade o que devem fazer é o seguinte ; escolher um local apropriado para poderem treinar os saltos de forma gradual, ou seja de um pequeno para depois ir aumentando. Devem começar por saltos de 5cm e treinar até conseguirem andar com aqueles saltos de plataforma,
tipo “Drag queens”. Só mais um conselho; não se esqueçam que se por acaso um salto correr mal mais vale largar a mota do que tentar segurá-la para que esta não se estrague – elas nunca se magoam, somos sempre nós. Por isso e pensando bem podem realmente optar se querem trem de aterragem ou hidroplanagem .( este é portanto um conselho nulo ) (como os outros)




Trialeiras e Subidas impossiveis :


Nunca percebi verdadeiramente porque é que as trialeiras dão tanto gozo.
Dámos cabo do físico ,das motas só porque escolhemos o sitio mais estúpido para passar. Então se for um daqueles caminhos em que vemos as cabritas montanhesas a transpirar, melhor. Então que podemos fazer para melhorar a nossa abordagem a uma trialeira. Primeiro devemos ter pensamento positivo; devemos dizer para nós próprios não vamos conseguir mas tá um lindo dia. Depois devemos ser realistas; não vamos conseguir mas pelo menos o dia tá bonito. Se já tivermos alguma experiência devemos mostrar autoconfiança; assim do género de te virares para o teu colega e dizeres; ó pá tou cheio de confiança que não vou conseguir mas tá bom tempo não tá.
Nas trialeiras é essencial este á vontade; temos que olhar para a trialeira e como dizem os pescadores pegar o touro pelos cornos. Temos que visualizar a trialeira como se fosse uma autoestrada e quando virarem de costas ou ficarem atolados é porque cairam no separador. Já agora mais vale levarem via verde que quantas menos vezes pararem melhor.
Outra dica é que nem sempre é bom seres o primeiro a subir uma trialeira;
é lindo tar cá em baixo e ver uma subida cheia de cafeteiras a ferver; é a chamada hora do chá; claro que podes tentar subir em primeiro mas não vais conseguir e como vai estar um dia bonito mais vale descansares cá em baixo.
Uma palavrinha só para as subidas impossíveis – são impossíveis.



Descidas íngremes e possiveis :


As descidas acompanham um bocado a ideologia das trialeiras com a vantagem de que a lei da gravidade é muito mais permissiva e dá-nos sempre um empurrãozinho. A treta de que tudo o que sobe desce é por isso verdade e o contrário não. Portanto o que devem fazer numa descida ingreme, é escolher uma relação de caixa baixa e tentar dosear o travão da frente e de trás para que não bloqueiem. O corpo deve estar puxado para trás para fazer peso na parte posterior da mota de modo a dar espaço para no caso de queda termos espaço para impulsionarmos o nosso corpo para a frente dando um ligeiro mortal encarpado e caindo sobre ambos os pés. Parece difícil mas não é; só nunca fiz por motivos políticos mas podem consultar o site do Jackie Chen, onde ele explica detalhadamente como se faz.
Outra forma bastante eficaz de descer é a chamada técnica de separação de bens. Consiste em apontar a mota engrenada para a descida, largar a embraiagem e a mota ao mesmo tempo e depois calmamente ir ter com ela.
Quando chegares á beira da mota dá-se a comunhão de bens adquiridos.
Se por azar a descida for mesmo muito íngreme e o lançamento da mota for um bocado além do esperado pode dar-se a viuvez indesejada.




Ja sabem que é para estudar a lição como deve ser.......... senão fazem a figurinha que foi no sabado.....que só da vontade de:

6 comentários:

Anônimo disse...

Meus amigos,deixem se de la de coisas.....ái e tal subidas,descidas,pedras,trialeiras.....e metam mas é,a acção dos percusos(videos)isso sim é que da para ter ideia de como se anda....até porque este é um verdadeiro grupo da luta,todos a ficar prós......Por tanto meus amigos muito gaz e boas curvas :)
ass:EL MÁTRÁQUILHO

blues disse...

Caros amigos,
Nota-se que há aqui sabedoria, pedagogia e acima de tudo uma componente prática altíssima por parte dos nosso SOTOR, que lhe permite abrilhantar este blogue com aulas de puro conhecimento, que de certeza o tornarão um dos blogues sensação da área em que se insere!! MAI NADA!!

vonterror disse...

Ora bem cada vez mais info para a gente melhorar........ ou nao......

el diabla disse...

Tenho a dizer que o manual é bom!
O SOTOR é um mestre!

E as aulas práticas cada vez têm mais praticantes! e por isso são bem mais divertidas.
Dá sempre para a gente se rir à gargalhada com a má aplicação da teoria à prática do povo!!

vonterror disse...

Fala alguem que teve um pequeno precalço no monte que fez parar uns tempos.....ihihihihihihihi

el diabla disse...

Verdade.
E até ri bastante com isso... até começar a ter dores!!..

Um tombico não faz mal a ninguém, até se torna pedagógico! mas é sempre mais agradável ver os outros cair! hi hi